Tinha uma vaca no meio do caminho

Fotos: Arnaldo B. T. Martins

Saímos de Cacaulândia para casa já era noitinha. Viajamos algumas horas até chegarmos em Ouro Preto do Oeste onde jantaríamos. Ao entrarmos na cidade havia uma vaca no caminho. A vaca estava lá. Enorme. Era uma vacona; uma super-vaca; uma vaca para ninguém botar defeito. Aquilo é que era uma vaca!

Parada. Estática. A vaca não se mexia. Era mansinha e todo mundo dentro do carro invocou de querer tirar foto em cima da vaca, às margens da BR 364 com um monte de carretas e carros passando. O povo buzinava vendo aquele pequeno bando de maluco subindo em cima da vaca.


Mas a vaca era tão grande, e tão alta, que para subir na "Mimoza" a galera tinha que pisar na cabeça do "Tio Retireiro". O tio não reclamava nadinha. Ficala lá parado também, naquela posição de quem tira leite de vaca; sentado naquele banquinho estreito que deixava a metade da bunda para o lado de fora...


E quase todo mundo subiu na vaca. A extraordinária Simony Linda não subiu na vaca porque estava de saia, e o movimento de carros baixos passando era grande. Eu não subi na vaca porque ainda me recupero de um acidente que acabou com o meu ombro esquerdo. Mas subiram a Regina, o Célio, o João Vitor e a Rosângela. Todos felizes em cima do pobre animal feito de areia, pedra e cimento para tirar foto.

Depois de tudo passado, muitas foram as gargalhadas enquanto observávamos as fotografias. Momento de raro prazer e alegria que só sabe quem tem amigos, colegas e um estreito relacionamento de carisma com quem ama o que faz. Foi isso...